Olavo foi visto à tarde na piscina
do Tênis Clube.
Estava
alegre. Pagou uns drinks para as gatinhas, deixou uma boa gorjeta para o barman
e, lá pelas 5 da tarde, partiu em seu carrinho vermelho.
Ás
duas da manhã, na favela do cortume, descarregou cintas de balas de
metralhadora em um povo inteiro. Matou,
ao todo, 37 pessoas – favelados que tinham acabado de se instalar no local,
logo depois da “operação limpeza”, feita pela prefeitura.
Olavo
gargalhava quando foi preso. Suas roupas estavam chamuscadas e totalmente
tintas de vermelho. À luz da lua cheia podia-se notar as suas mãos firmes, o
seu olhar frio e as veias do pescoço salientes de prazer.
Em
depoimento à polícia declarou que nunca gostou de morte lenta, detesta
mortos-vivo e é a favor da eutanásia.
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