Os pássaros inauguram o dia.
Junto me chega o poema,
pipilando o seguinte:
quando entrar na sala Mário de Andrade,
não olhe para o salão,
olhe para o irmão.
Isto é um poema?
O mesmo que vai à feira,
bem à beira do círculo ,
desopilando convites
(o resto é concreto armado)
ao mercador estarrecido?
Ou aquele outro,
touro,
riscando o chão do lençol,
fazendo a festa
e saindo de mim
(o resto é miudeza)
de meu corpo estarrecido?
Na feira sou prática:
calça e camisa, chinela rasteira,
escolho a banca mais alegre.
As frutas e verduras
se chacoalham de rir
dentro carrinho de feira.
Já pra cama,
vou de cara lavada.
(Mais que um poema
isto é uma tese,
eu acho.)
todos os direitos reservados AKEMI WAKI
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