Beleza rara de primeira sala
nem me mostre que não vejo.
Quero escura a noite do poema
: a arte é finita e irresolvida
-
como os
números –
infinita
e tão absurdo pensamento
mal cabe numa modura.
A palavra clara
fere e cala o meu silêncio
: nenhum esforço discerne a pedra
de meu tropeço
na lápide onde a arte enterro.
De lápis na mão, corro
para longe do consultório
odontológico
: meus dentes doem de modo simples
e a lápide é uma placa de elite
que cobra caro
a arte de obturar minhas cáries.
todos os direitos reservados AKEMI WAKI
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