Nomear coisas que não são
coisas
mas limbo à espera do
batismo,
à espera do registro em
cartório.
Fulano de tal, coisa de
tal,
estão em tal situação, no
lugar de tal,
esperando pela concha
d’água,
aspirando pelo primeiro
fôlego real.
Chamar carne a esta pele,
este olho, este bife
neste prato.
A esse bafo no pêlo – um
arrepio.
A este chão, a este rol,
a este dente, macerando
ainda quente,
chamar carne. Que arde
por toda redondeza da
criação.
Dar o nome de luz à razão
pela qual a carne está no
prato
e chamar razão à faca
afiada
que me transpassa em
diagonal
da cabeça
ao coração.
Em páginas indevassadas
nomear
a dor de dor, o amor de
amor,
o mundo de mundo. Semear
sentidos do que posso
e me foi dado.
todos os direitos reservados AKEMI WAKI
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